domingo, julho 13, 2014

Uma situação que merece ser investigada

Os números são elevados. Extremamente altos. Até parecem irreais. Mas, ao que tudo indica são verdadeiros. Quem os divulga é o jornal “Notícias” do passado dia 16 (página 3), que titula Vinte e três pessoas presas por roubo de viaturas. Logo a seguir, escreve o matutino que Vinte e três indivíduos pertencentes a 12 quadrilhas de malfeitores foram detidos nas últimas três semanas pelas autoridades policiais na cidade de Maputo indiciados de envolvimento no roubo de viaturas com recurso a armas de fogo. Acrescenta a local que Segundo fonte do Comando da Polícia na capital do país, as operações policiais culminaram com a recuperação de 21 viaturas que haviam sido roubadas em diferentes pontos da cidade. E, logo a seguir pode ler-se que Parte destes automóveis foi recuperadas nas cidades de Maputo, Beira, Quelimane e Nampula, tendo algumas sido interceptadas nos postos de controlo de Zandamela e do rio Save, na província de Inhambane, quanto eram levadas pelos meliante para o centro e norte do país, onde seriam vendidas. E, mais: A Polícia indica que nenhuma das vítimas foi ferida ou morta por este grupo de criminosos na hora do assalto. Contudo, indica que os meliantes agem com extrema violência e crueldade. Exemplo disso, ao que reportaram, é que chegaram a roubar um carro a uma mulher grávida a quem lhe obrigaram a deitar-se por debaixo do banco traseiro, tendo durante algumas horas dado voltas com a vítima até a despejarem. Pode ler-se também que A corporação sublinha que normalmente depois de dominarem a vítima os criminosos obrigam-na a indicar os códigos dos cartões do banco de onde se apoderam de somas monetárias nos ATM. Finda esta operação baldeiam-na longe do seu bairro residencial. Em toda esta notícia á algo de estranho. Ou muito de estranho. A começar pelo facto de não se saber como tantos ladrões encontram campo aberto para a sua actuação. Para o roubo. E com recurso a armas de fogo. Ora, como as armas de fogo não estão à venda, não podem ter sido compradas. Legalmente. Fica a questão de saber onde os marginais as vão buscar. Ou seja, comprar ou alugar. Em vários casos já foi divulgada a conivência de agentes policiais no fornecimento de armas de fogo. Mas, muito provavelmente não só. Trata-se, ao que parece, de uma situação que merece ser investigada.