domingo, junho 29, 2014

O Estado tem de ser uma Pessoa de Bem

De forma algo estranha e repetitiva, as notícias de construtores de obras públicas desonestos sucedem-se. Até pode parecer estranho que tantas vezes aqui se fale na matéria. A razão é simples. Ainda há quem acredita que água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Esperemos que mais uma vez seja assim. E que quem até agora ainda não viu nada de anormal nestes comportamentos acorde. Para que possamos acreditar que vivemos num Estado de Direito. Notícia recente sobre o que se passou em Angoche, mas não a última sobre a matéria, diz que Empreiteiro abandona obras do Hospital Rural. E o “Notícias”, página 5 da sua edição do passado dia 23, escreve que As obras de reabilitação do Hospital Rural de Angoche, na província de Nampula, encontram-se paralisadas há cerca de nove meses em razão do abandono dos trabalhos pelo empreiteiro Macumbe Construções. E acrescenta a local que A construtora abandonou o local depois de receber todo o valor do custo da empreitada, avaliada em cerca de quatro milhões de meticais, segundo apurou a nossa reportagem junto das autoridades governamentais locais. Ainda segundo o matutino, O secretário permanente do Governo do Distrito d Angoche, Clemente Loforte, confirmou o abandono das obras antes da sua conclusão, que visavam a substituição do tecto dos blocos da maternidade e da cirurgia, no desentupimento do sistema de descarregamento de águas negras que se encontravam inoperacionais e a pintura do edifício. Ainda segundo o “Notícias”, Agastado com as sucessivas interrupções no trabalho, o Governo de Angoche notificou o empreiteiro por três ocasiões para que desse explicações sobre as razões do atraso na conclusão dos trabalhos, cuja entrega devia ser feita em Outubro do ano passado, ao fim de um prazo de três meses. (...) Entretanto o abandono das obras de reabilitação do edifício do Hospital Rural de Angoche está a provocar constrangimentos no funcionamento normal daquela unidade de referência a nível da região sul da província de Nampula. A constatação imediata, é que o Estado, uma vez mais, foi burlado. De forma primária. E que tendo, ao que tudo indica, meios legais ao seu alcance para se fazer ressarcir dos prejuízos sofridos, nada fez para que assim acontecesse. O que, no mínimo, indicia um comportamento estranho. Quando não conivente. Ao Estado não basta parecer uma Pessoa de Bem. O Estado tem de ser uma Pessoa de Bem