domingo, janeiro 20, 2013

As eleições estão à porta.

Durante a passada semana, o Ministro do Interior efectuou uma visita de vários dias à cidade de Maputo. A diferentes bairros da capital do país. Onde e no decorrer da qual elementos da população colocaram vários e deferentes problemas. Que em muitos casos podem ser considerados como problemas gerais de toda a capital do país. Por exemplo, reportando sobre a visita ao bairro de George Dimitrov, o “Notícias” da passada quinta-feira (página 3), titulava que PRM e comunidade cercam crime. E, logo em seguida, escrevia que A Polícia da República de Moçambique (PRM) assumiu ontem o seu maior engajamento e partilha de acções com a comunidade de forma a deter e a responsabilizar todos os malfeitores que assaltam e protagonizam vários crimes da cidade de Maputo. Acrescenta a local, que o Ministro do Interior, falando no referido bairro garantiu que a sua corporação não descansará enquanto não prender todos os indivíduos que se apoderam de bens dos cidadãos ou que protagonizam outros tipos de crimes. Mais adiante, o matutino escreve que Na ocasião o governante foi confrontado com várias denúncias feitas pelos moradores (...) dentre as quais alguns “excessos” da Polícia no processo de manutenção da ordem, tranquilidade e segurança públicas. Acrescenta que uma moradora terá pedido ao Ministro do Interior para dialogar com os seus elementos para que sejam mais ponderados na repressão de cidadãos que no exercício do seu negócio violam a lei. Mais adiante, pode ler-se que A questão de cobranças ilícitas e certa “arrogância” protagonizada por alguns elementos da corporação foram apontados pelos moradores como outros problemas da actualidade. O que, acrescento eu, pode ser entendido como problema geral. Problema de toda a cidade. Posição que eu assino por baixo. Pode ler-se, também, que para o governante, para quem os seus efectivos estão de parabéns O crime não vai crescer mais no país pois a Polícia está melhor organizada agora. Pensamos que faz bem o Ministro do Interior em efectuar estas visitas. Para ouvir, de viva voz os problemas que afectam os cidadãos residentes nos diferentes bairros e ficar mais sensibilizado para a procura de soluções. Por isso, saudamos a sua iniciativa e o seu método de trabalho. Transparente e frontal. Assim possa ensinar colegas, transmitir a sua experiência e o seu saber fazer a colegas. E, pelo que estamos a assistir, há vários que precisam de aprender com sigo. Por exemplo, aquele que andou por aí a comprar barcos com dinheiro público. E que acabaram por ficar parados por a população não ter dinheiro suficiente para pagar o valor exigido pelos bilhetes. Ou a comprar autocarros que ninguém sabe para que servem ou onde circulam. Há quem diga e escreva que circulam lá pelas bandas do Zambeze. Lá por Tete. Será? Um outro, um outro seu colega, afadigou-se em conseguir favores de jornais, rádios e televisões para tentar mostrar que estava a trabalhar muito. E lá foi fazendo umas tantas aparatosas reuniões. Para nos tentar tranquilizar, para nos dizer que durante a quadra festiva não iria faltar nem de comer nem de beber. E mais, que não iria haver especulação nos preços. Não terá havido nesse então. Só que não sei nem percebo como é que um ministro, mesmo sendo formado em economia, pode controlar as leis do mercado. A questão primária é que não pode. E, como não pode, o resultado aí está. Agora. Aumentou o preço da batata, da cebola, dos ovos, do tomate. E por aí em diante. Tudo está mais caro. E em valores exponenciais. Ë caso para dizer, bem dita Pátria Amada que produzes e reproduzes tanta incompetência. Tanta sanidade mental. Alertar que as eleições estão a chegar. Que as eleições estão à porta.