domingo, fevereiro 09, 2014

É a crise que nos fará avançar

Quase todos os dias recebo, por correio electrónico, um variado número de textos. De diferentes origens. Enviados, normalmente, por pessoas amigas. Uns podem ser considerados excelentes. Outros, nem tanto. Outros não passam daquilo que, normalmente, classificamos como “lixo”. E o lixo, como todos sabemos e mandam as regras, é para ser deitado na lixeira. Dos textos que recebi nos últimos dias e que considero poder integrar-se na primeira das referidas categorias, existe um que entendo merecer ser transcrito. É pequeno, é curto e, na minha opinião, não é “chato”. Não sei, ignoro por completo há quantos anos foi escrito. Tem por título A crise segundo Einstein. Façam o favor de ler o que se lhe segue (sem a pontuação do original) Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar “superado”. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar em crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la. Espero que tenham lido calma e atentamente e que tenham gostado. E que cada um dos leitores, sejam muitos ou sejam poucos, tenha tirado as suas ilações e as suas conclusões. Cá por mim, não posso deixar de dizer que gostei, francamente, da afirmação de que A verdadeira crise é a crise da incompetência. Penso, assim, que, afinal, a incompetência é já bem anterior a nós. Há nossa existência terrena. Mas que tem passado de geração em geração. E que para nosso mal ou para nosso bem, parece querer perpetuar-se. Quer dizer, a incompetência não está em vias de extinção. Pode até ser hereditária. Em alguns casos, parece ser. Esta é apenas uma conclusão possível. Haverá, certamente, outras. Uma delas é a de haver necessidade de provocar a crise. Afinal, é a crise que nos fará avançar.