domingo, novembro 11, 2007

as nossa prioridades nacionais

Enfrenta o país Moçambique um conjunto de necessidades básicas. E, fundamentais. Para alcançar novos e diferentes níveis de desenvolvimento. Garantir água potável, Saúde, Educação, energia eléctrica e vias e meios de comunicação a um número crescente de pessoas, são desafios que o Governo tem procurado vencer. Mas, mais do que desafios, são, constituem parte integrante de um processo de desenvolvimento integrante de um processo de desenvolvimento integrado. Seja sustentável, como parece ser grato a uns. E caricato para outros. Em paralelo, informar, educar, divertir, formar, são preocupações a não perder de vista. Aí se expandem e se cruzam as ondas de rádio e de televisão. Perguntar, hoje, quantos moçambicanos têm acesso à rádio e à televisão, poderá ser um pergunta sem resposta. Ou com resposta tendo como base estimativas. Pesando os esforços desenvolvidos nesta área, a todos os títulos louváveis, digamos que estão longe de permitir cobertura nacional. Mesmo que, em termos técnicos, vastas áreas do país possam estar abrangidas pelos sinais de rádio e de televisão, as condições para os receber são limitadas. São diminutas. Sobretudo, por falta de energia eléctrica. Ora, números redondos, talvez não mais de seis milhões de habitantes possam aceder, hoje, com regularidade, ao sinal de televisão. Quanto ao número dos que possam ter acesso à internet, será infinitamente decimal.


Professor em universidade de Lisboa, credenciado, viajou até Maputo para dar conselho. E aconselhou, com as devidas e mestras reservas, (“Notícias”, de 6 de Novembro de 2007), que “Moçambique deve caminhar para o voto electrónico”. Mas, escreve o Jornal, Repito que estou a lançar um desafio para o país fazer um estudo, não estou a dizer que isto deve acontecer de imediato. Diz, também, o diário, que o douto doutor defendeu a introdução do voto antecipado. Um voto que no seu entender, no entender do douto doutor, seria a forma mais justa de permitir a participação de todos os cidadãos, desde os doentes e aqueles votantes que eventualmente se desloquem para fora do país em missão de serviço ou por outros motivos durante o período que antecede a votação. Diria eu, no meu simples dizer, que se apresenta mais fácil às elites nacionais do meu tempo colocar um moçambicano no espaço do que haver condições para a tal dita votação electrónica. De resto e por fim, o tal dito douto doutor, às questões que, por mérito, conhecimento e sabedoria era mister responder, limita-se a dizer não posso dizer. Claro, o segredo, através dos tempos, sempre foi a alma do negócio. Para o mal e para o bem, aí o teremos, de volta, em breve. Para, como consultor e pago com muitos milhares de dólares, nos vir dizer, amanhã, o que hoje disse que não posso dizer. Que o homem pode dizer, pode. A questão é que não quer dizer. Enquanto não lhe pagarem para dizer. Então, paguem lá ao homem para ele dizer o que diz ter para dizer. Ou, em alternativa, caso não tenha nada de útil para dizer, paguem-lhe a passagem de regresso. Mas, antes da ida sem regresso, levem-no até à cidade da Beira ou à Ilha de Moçambique. Pelo menos, se assim, o douto doutor ficará a conhecer o que é o fecalismo a céu aberto. E, tenhamos consciência, poderá ficar mais claro sobre nossas realidades nacionais. E, se assim quiser perceber, assim irá perceber quais as nossa prioridades nacionais.