domingo, setembro 09, 2012

Acabar com as ilegalidades

Volta a acontecer. Está a acontecer de novo. Depois de algum tempo de paragem. De descanso. É como se tudo quanto seja mau se repita, se tenha de repetir. Por tendência. Por fatalismo. Ou por vontade e decisão dos homens. É assim que aí temos de novo, nas artérias da capital do país esses chamado de auxiliares de trânsito. Ou coisa semelhante. São jovens, homens e mulheres, que se aproximam das nossas viaturas sorrateiramente. E que nos incomodam cm perguntas, muitas delas sem nexo nem sentido. Fica-se com a sensação de que o seu objectivo, a sua missão, não é contribuir para o bem público, para a melhoria da circulação rodoviária. Do trânsito. Não. Parece que obedecem a um comando invisível. Parece que estão a fazer um frete a alguém. Que certamente lhes paga para tal. Mas que terá objectivos menos claros. Pouco ou nada transparentes. Talvez interesses pessoais e mesquinhos. Quando não umbilicais. Seria desejável, seria bom, esclarecer de uma vez por todas, qual o objectivo d actuação desses jovens. Qual a sua preparação e formação para realizarem o trabalho (?) que estão a realizar. Mais. Quem lhes paga, quem os comanda e quem os controla. Quem paga a quem e quem recebe dinheiro de quem. Se um cidadão sentir que os seus direitos, como cidadão, estão a ser violados, a quem deve apresentar queixa. E contra quem E como. Em primeira análise, será ao Conselho Municipal da Cidade de Maputo. Aqui, a questão está em saber que moral terá a edilidade para julgar nesta causa. Que, afinal, parece ser causa própria. Juridicamente, o Conselho Municipal será responsável pela actuação destes jovens. Pelo seu comportamento no que ele possa ter de bom ou de mau. Depois. É incómodo estar continuamente a ser perguntado, interrogado, sobre questões mesquinhas, imbecis e sem nexo. Parece ser tempo, mais do que tempo de mandar acantonar, definitivamente, estes jovens. E os seus patrões. É chegado tempo de nos perguntarmos e de perguntar qual o número de autoridades que, legalmente, podem controlar o trânsito e fiscalizar viaturas e condutores no território da capital do país. Que missão tem cada uma delas. Quem pode ou não pode mandar parar os automobilistas, exigir documentos e multar. Se for caso disso. Ao que assistimos, são muitas. Ensaiando uma resposta, a partir do que podemos observar, podemos dizer que existe a Polícia de Trânsito, os chamados cinzentinhos, a Polícia Municipal e, agora, estes intrusos. Estes que se chamam, a si próprios, de voluntários. Mas que não são carne nem são peixe. Serão uns híbridos. Que ninguém sabe donde nem como vieram. Nem para onde querem ir. Mas que chateiam e incomodam muito. Seria bom, definitivamente, o Conselho Municipal da Cidade de Maputo vir a público informar quem pode e não pode fiscalizar o trânsito no seu território. Aparentemente, só a Polícia de Trânsito. Quase de certeza que será assim. Para além disso, tudo não passa de ilegalidade. Quase de certeza que o CMCM está a violar as leis do país. E, por tal, se necessário, pode e deve ser responsabilizado criminalmente. O CMCM não deve comportar-se como estando acima da lei. Por não estar. Mande lá acantonar, definitivamente, esses jovens servis e imbecis. É preciso repor a legalidade. É necessário acabar com as ilegalidades.