domingo, dezembro 02, 2012

Fazer mudar de atitudes e de comportamentos

O número de vítimas de acidentes e viação continua a aumentar. Nas estradas do país. Embora possa ter reduzido o número de sinistros. Segundo o jornal “Notícias” da passada quinta-feira (primeira página) O número de acidentes de viação tem vindo a baixar nos últimos anos, mas o número de mortes tende a subir devido ao seu impacto e consequências. Dados divulgados ontem, na Matola, província de Maputo, no simpósio sobre segurança rodoviária, indicam que no ano passado foram 1963 mortos em 3461 desastres, contra 1726 mortos e 4547b sinistros de 2010. São números preocupantes, Alarmantes. De tal modo a situação é grave que também preocupa o Presidente da República. Ao reportar a abertura do vigésimo segundo Conselho Coordenador do Ministério do Interior, o matutino de Maputo, edição de 30 do mês passado (primeira página), titulou “PR exige nova atitude”. E escreve que O Presidente Armando Guebuza exigiu ontem, em Maputo, ao Ministério do Interior e a outras instituições parceiras, a redobrarem o seu empenho para conter a sinistralidade rodoviária nas estradas do país, sobretudo quando se está a entrar para a quadra festiva, período no qual tem-se registado tem-se registado um elevado número de vítimas humanas, feridos e danos avultados. Segundo a local, p Chefe do Estado pediu a tomada de uma nova atitude com relação à sinistralidade rodoviária, o que passa, necessariamente, por não nos contentarmos apenas com as respostas padrão, aquelas que encorajam a busca de respostas para a solução do problema. Outra preocupação manifestada por Armando Guebuza, relaciona-se com a extorsão e outros ilícitos que mancham o bom nome da Polícia e o desempenho irrepreensível da maioria dos quadros do Ministério do Interior. Queremos, próximo ano ouvir um relatório que reporta melhoria quer na sinistralidade rodoviária quer na corrupção no seio da Polícia. Das transcrições feitas, parece poder concluir-se que o Presidente da República está bastante atento e é profundo conhecedor do que se passa no seio da Polícia. Ou, em nossa modesta opinião, das diversas polícias. Também, preocupado com a situação. Que parece estar longe de ser boa. Entre possíveis outros, parece se de reter dois aspectos: o da extorsão e o da corrupção que foram referidos. Neste campo, parece haver um grande trabalho a ser desenvolvido pelo Ministério do Interior. Na formação e educação dos agentes policiais. No sentido de deixarem de nos tratar como estão a tratar. Para que deixam de nos emboscar nas estradas e dentro da cidade. Para que deixem de camuflar e esconder. Temos o direito de exigir respeito pelos nossos direitos de cidadania. Por conta própria, por risco próprio, pessoal, mas que é de muitos cidadãos, gostaríamos de acrescentar uma outra preocupação. A de saber a quem obedecem e a quem respondem pela sua actividade os chamados “cinzentinhos”. Pelo que o Presidente da República disse publicamente e, certamente, pelo que muito mais sabe mas não disse, parece ser visível a necessidade de uma reestruturação urgente do Ministério do Interior. Seria importante clarificar, definir, regulamentar qual a competência e a área de actuação dos agentes das diferentes polícias. Neste momento, tudo é confusão. Cada um faz o que quer. Exige os documentos que lhes apetecem exigir. Vais mais longe. Ameaça com arma de fogo. Como nos velhos tempos: Ou dás a bolsa ou a vida. De facto, para alterar a situação é preciso fazer mudar de atitudes e de comportamentos.