domingo, janeiro 24, 2010

Impedir que o Ensino caia no informal

Repetidas vezes, são noticiadas fraudes. Aos mais diversos níveis de ensino. Apresentando os mais diversos contornos. Na generalidade, já são conhecidas como fraudes académicas. No final, em todos os casos, o objectivo parece comum. Que é o de ter acesso a um determinado nível de estudo. Para o qual o candidato não possui os necessários conhecimentos. Ou seja, obter um documento, um certificado, um diploma, um comprovativo de determinados conhecimentos. Que não possui, que não tem. Logo, estaremos perante um caso de fraude. Com maiores ou menores reflexos na sociedade. Tanto a nível do Estado como se empresas. Públicas ou privadas. Com mais e maiores ou menores prejuízos financeiros. Para quem desejando contratar competências, com vista a melhorar o desempenho, a eficiência ou o lucro do seu sector, está a contratar incompetências. Que, não poucas vezes, são mantidas nos lugares. Para evitar escândalos públicos. Apesar do seu desempenho ser nulo. Apesar da sua incompetência, ser mais do que visível e comprovada. Na prática. Logo, implicar, exigir a contratação de terceiros. De assessorias, de consultorias. Pagas a peso de ouro. Pagas em dólares. Este é o custo da incompetência. É a parte visível do custo da incompetência. O custo real, mas não total, suportado pelo Estado.


Até ao presente e na generalidade, os chamados casos de fraude académica terão envolvido estudantes. Talvez, também alguns funcionários de secretaria. Um caso, ao que parece com características novas e inéditas, acaba de vir a público. Este, envolvendo o director científico de uma instituição do Estado. Já suspenso das suas funções. Em termos de lógica, pode compreender-se o comportamento de certos estudantes que recorrem a meios fraudulentos para atingir os seus fins. Em termos de ética e de moral, não. Em termos legais, menos ainda. Agora, no mínimo, estranho é o facto de ser um director a encabeçar uma fraude. De ser um director científico de uma instituição do Estado a entregar exemplares de exames de a um estudante para venda a potenciais interessados. Mais do que estranha, a situação levanta questões novas. Em relação `a gestão do sistema de exames. A todos os níveis. Para impedir que, também, os exames cheguem ao informal. ‘E preciso impedir que o Ensino caia no informal.